sexta-feira, 6 de setembro de 2013

DE VOLTA EM VOLTA PELO PORTO E ARREDORES

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De volta em volta pelo Porto e arredores

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Dei por mim a revisitar a minha cidade a meio deste Verão, no calor de Julho e de Agosto. Tenho o privilégio de sempre ter vivido na parte ocidental do Porto, junto ao mar e ao Parque da Cidade, onde passei a fazer toda a minha vida desde há seis anos, espraiando-me também pela orla marítima, para norte e para sul, e pela fluvial, e deixei quase por completo de ir ao centro, o que acentuou esta minha necessidade de revisita.

Comecei pela “nova” baixa, mas não me fiquei por lá.

As antigas ruas do centro, velhas cinzentas e despidas de interesse, mesmo as mais comerciais que sempre tiveram vida própria, embora que só durante o horário de funcionamento do comércio ou dos serviços, ganharam vida nova. Por todo o lado florescem  bares, restaurantes, esplanadas e até uma nova praça, e milhares de turistas, aos pares ou aos magotes, cirandam por ali, dando um colorido e uma alegria que eu só vira nas cidades modernas e evoluídas. Os autocarros turísticos, descapotáveis e apinhados de gente, polvilham a cidade com o seu colorido.

Numa das minhas, ainda poucas, saídas nocturnas, encontrei uma cidade a fervilhar de vida, com milhares e milhares de pessoas a darem vida aos espaços que ainda há poucos anos estavam mortos, ou simplesmente esquecidos, esperando falecer.

Nunca tinha visto o Porto assim. Encontrei uma cidade nova. Cantos e recantos foram aproveitados para que esta nova cidade florescesse. E até os Portuenses parecem mais alegres, mais descontraídos, ainda mais simpáticos do que era habitual, menos fechados nos seus problemas, que, como em todo o lado, são muitos e em alguns casos, mesmo enormes.

Aos poucos, rua a rua, bocado a bocado, esta nova vida que já está bem implementada, se vai alastrando, e o fenómeno parece imparável. Há obras de requalificação por todo o lado. A oferta é grande e diversificada. Em cada entrada um restaurante de petiscos ou de pratos tradicionais, em cada canto um bar, em cada esquina um Hostel, em cada pessoa um amigo. E, para quem vive deste tipo de comércio e de outros congéneres, não parecem faltar clientes.

Nunca como hoje, a cidade teve tanta oferta cultural, apesar das críticas acesas e costumeiras de alguns poucos contra a falta de subsídios e contra a política que os actuais dirigentes camarários têm sobre o assunto.

O Porto recebeu nos últimos anos uma enorme lufada de vida fresca. Se já era um luxo viver cá, agora ainda o é mais, com toda esta nova oferta que mostra ser de qualidade.

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