segunda-feira, 31 de agosto de 2009

CARTAZES PARA QUE VOS QUERO

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(reposição, sempre actual)
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PROLIFERAM POR AÍ!
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Proliferam por todo o lado, em especial em época de eleições, mas para que servem?

As nossas ruas, as nossas avenidas, os cruzamentos, os entroncamentos, as rotundas e as praças e jardins, estão infestados de cartazes. Todos os partidos os colocam, uns maiores que os outros, uns com caras outros sem elas. Há-os para todos os gostos. Há-os para todos os tamanhos e cores. Encavalitam-se uns nos outros, e depois, quando esta semana acabar, e já não servirem para nada, para além de para nada terem servido, lá ficam a continuar a conspurcar a paisagem. Vão-se degradando, rasgados e velhos, e quem os pôs lá, demonstra o seu mais completo desrespeito por todos nós, não os retirando.
Mas no fundo, para que servem estes cartazes, para além de, num ou noutro caso, dar a conhecer partidos novos, ou caras novas. Bem, e para além de, obviamente, dar lucro e trabalho a umas quantas empresas, com dinheiro que todos nós pagamos. Quantos votos dá um cartaz? Quantas pessoas, por verem um cartaz bonitinho, se sentem dessa forma motivadas para votar no partido ou na pessoa à qual fazem propaganda?

Penso que nunca ninguém se sentiu impelido a votar neste ou naquele por via do cartaz. Sendo assim, para que servem? Porque somos obrigados a "levar" com este tipo de propaganda, que só prejudica a paisagem? E porque temos de continuar a aguentar com eles, semanas a fio depois de terem cumprido o objectivo que na quase totalidade das vezes não foi atingido?

Não se deveria limitar ainda mais a sua colocação e o tempo da sua exposição, de modo a que fosse minorada esta pecha?

Estou cada vez mais cansado desta maneira de fazer política e desta maneira de propagandear coisas que cada vez mais, a menos pessoas interessa.


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(In O Primeiro de Janeiro, 09-06-2009)


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JM

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TANTOS ZEROS

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DUAS EQUIPAS AINDA NÃO MARCARAM QUALQUER GOLO
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o Braga, líder, o FCPorto e o Benfica, sabem marcar golos.
Hoje, as águias tiraram a barriga de misérias e marcaram 8 ao Setúbal, fazendo um jogo e um resultado à moda antiga, embora só tivessem marcado dois golos nas duas primeiras jornadas. O FCPorto já marcou 7 golos, e o Braga 6.
Guimarães e Leixões ainda não marcaram qualquer golo nos três jogos desta liga. Olhanense, Naval, Académica, Setúbal e Leiria só marcaram 1. Empates, são mais que muitos, doze para ser mais exacto. E todos a zero ou a 1 golo. Nove equipas ainda não ganharam.
FCPorto, SBraga e SLBenfica, já marcaram mais golos, 21, dos que todos os outros, 20.
É um início de campeonato com falta de golos (o resultado de hoje do SLB 8- VS 1, não conta pelo desajuste), que são o que mais interessa num jogo de futebol.

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JM
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SEM COMÍCIOS?

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CAMPANHA DE VERDADE
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A sra d Manuela, que detesta comícios, que não se sente à vontade neles, que foge deles como o diabo da cruz, decidiu, à sua imagem, que a campanha do PSD para as eleições legislativas, seja feita sem que os ditos existam.
Eu acho muito bem, também eu não gosto de comícios, sinto-me muito mal no meio deles e não sei berrar e falar daquele modo que os senhores que fazem os comícios, falam. Mas eu não sou líder de nenhum partido, e muito menos do PSD. Que se o fosse, fazia os comiciozinhos, se calhar mais pequenitos para não me sentir tão mal, e no fim, um grandalhão para mostrar aos outros o quanto éramos enormes. E neles, para não me acusarem de não ter ideias nem propostas, lá ia mostrando ao povo, que adooooora comícios e festas e música pimba, e sandes e vinho, as minhas propostas para a governação.
Mas como disse, não sou líder de nada, e muito menos do PSD, e por isso, só posso ter pena que os outros façam comícios e digam tudo e mais alguma coisa e eu fique esclarecido por eles, e não o fique pela sra d Manuela.
Não quero é ficar a pensar que a sra anda a dormir, ou está de novo adoentada. Que pessoas dorminhocas e adoentadas não conseguem governar nada nem ninguém.

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JM
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COITADOS DOS ESPANHÓIS

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TANTA GENTE A VIVER MAL
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Imaginem que em Espanha, segundo informações fidedignas, o PIB cai como nunca se viu e o desemprego é enorme Para além disso, há mais de 60% de assalariados a viver com menos de mil e cem euros por mês (13.200 euros anuais/12 meses - 15.400 euros/14 meses).

Coitadinhos, se calhar ainda vamos ter de os ajudar com alguma coisinha.

Os pobres, têm um salário mínimo de 600 euros (7.200 euros anuais/12 meses - 8.750 euros/14 meses), uma vergonha nesta Europa a vinte e sete.

Espanha é um dos países europeus que tem os salários mais baixos da comunidade.

Eu, se fosse a eles, revoltava-me. Acabava com este governo, destituía o Rei. Não há direito. Assim não se consegue viver.

Será que eles quereriam o ainda nosso Primeiro para os governar?

Por solidariedade para com eles, até nem me importava que ele fosse para lá.

Assim como assim, seria mais um emigrante Português com sucesso no estrangeiro.

E eles por certo que iriam ficar todos satisfeitos. Em pouco mais de cinco anos, o homem punha o País deles direitinho como um fuso.

Pensando melhor, podemos exportá-lo? A preço de custo? Sem encargos aduaneiros ou outros? Sempre abatíamos alguma coisita, pouca, ao déficit.

Podemos, por favor?


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(In O Primeiro de Janeiro, 31-08-2009)

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JM

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domingo, 30 de agosto de 2009

HOJE É A VEZ DO CDS

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PROGAMA A3, A4 OU A5?
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Hoje o CDS vai, ao fim da tarde, apresentar o seu programa eleitoral.
Não se sabe se o vai fazer numa folha A4, como o outro, ou se será em folhas A3 ou A5.
De qualquer forma, se pensarmos na contenção a que o CDS/PP nos tem habituado nos últimos tempos, por certo que o programa irá ser apresentado numa folha A5 e em papel reciclado.
O crescimento da economia, a política fiscal, o reforço da segurança e da autoridade do estado, os apoios sociais e às pequenas e médias empresas, assim como a educação, serão os pontos principais do programa,para a próxima legislatura.
Paulo Portas diz-se a lutar por uma votação superior à do BE e à da CDU, e, talvez o consiga.

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JM
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QUE PAÍS É ESTE?

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PARTIDOS GASTAM MAIS DE NOVENTA MILHÕES
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Que País é este, que aceita sem se revoltar, que os partidos políticos gastem em ano de crise, mais de noventa milhões de euros numa campanha eleitoral?
Afinal que mais valias para o País, trazem estes gastos? Mais emprego? Mais investimento? Melhores condições de vida? Menos fome? Melhor distribuição da riqueza? O quê?
Os partidos estão-se marimbando para o bem estar dos Portugueses. Os partidos que nos (des)governam só se interessam por si mesmos, pelos "tachos" que vão conseguir para eles e para os seus amigos, pelo dinheiro que vão conseguir ganhar durante os anos que os mandatos que conseguirem, durarem.
E nós, o povinho lusitano, aceitamos, como uma fatalidade, tudo isto. Não olhamos nem sabemos olhar para os que se diferenciam pela positiva, restringindo gastos nas campanhas, embora em abono da verdade, em todos os restantes campos, não sejam em nada diferentes dos outros. Todos, mas mesmo todos, sem qualquer excepção, querem votos para atingirem os objectivos a que se propuseram. Ganhar, para ganharem mais do que possuem.
Que contas prestam estes partidos, ao povo português?


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JM
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sábado, 29 de agosto de 2009

CASA ROUBADA, TRANCAS NA PORTA

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AGORA É SEMPRE A ABRIR
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ARRIBAS, ARRIBAS E MAIS ARRIBAS EM RISCO DE DERROCADA.
UMAS ATRÁS DAS OUTRAS, AGORA, DIA SIM, DIA SIM, ELAS APARECEM.
ATÉ AGORA NINGUÉM TINHA REPARADO, NINGUÉM SABIA E AS AUTORIDADES DO MEU PAÍS, ESTAVAM A LESTE DISTO TUDO.
JÁ NÃO É SÓ NO ALGARVE, ONDE JÁ HÁ MORTES A LAMENTAR, AGORA A FÚRIA DOS VISTORIADORES ALARGA-SE POR TODO O CONTINENTE E ILHAS.
QUE, AO MENOS, SIRVA DE ALGUMA COISA, O MARTELAR ENQUANTO O FERRO ESTÁ QUENTE.

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JM
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AS MOSCAS JÁ NEM MUDAM

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PINA MOURA EM REGISTO DIFERENTE
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Não sei bem como classificar a postura de Pina Moura.
O ex-ministro das Finanças de Guterres, vem a terreiro defender o programa do PSD, chamando-o de mais duro e mais focado. Porquê? A que propósito? Com que propósitos? Teve ordens para adoçar a boca aos sociais-democratas, com vista num desaire eleitoral e numa possível aliança governativa? Ou/e está-se a fazer a um lugar no próximo governo de coligação? O homem é inteligente, será que também é esperto? É tão somente um mutante político, ele que começou bem mais pela esquerda?
Realmente, nada muda em política, às vezes nem as moscas. E, a credibilidade política não está por certo na ética, lá defende o sr Rangel.

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Segundo informação cedida pelas três estações de televisão ficou assente a seguinte grelha, na sequência de uma reunião entre as partes envolvidas:

02 Setembro: José Sócrates - Paulo Portas (TVI)

03 Setembro: Francisco Louçã - Jerónimo de Sousa (SIC)

05 Setembro: José Sócrates - Jerónimo de Sousa (RTP)

06 Setembro: Francisco Louçã - Ferreira Leite (TVI)

07 Setembro: Paulo Portas - Jerónimo de Sousa (SIC)

08 Setembro: José Sócrates - Francisco Louçã (RTP)

09 Setembro: Ferreira Leite - Jerónimo de Sousa (TVI)

10 Setembro: Paulo Portas - Ferreira Leite (RTP)

11 Setembro: Paulo Portas - Francisco Louçã (RTP)

12 Setembro: José Sócrates - Manuela Ferreira Leite (SIC)


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JM
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INCOMPATIBILIDADES

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A ÉTICA E A POLÍTICA
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Cada vez mais são incompatíveis, a ética e a política.
Cada vez mais o não deveriam ser.
Segundo a sra dra Paula, o PSD perdeu uma oportunidade única com a escolha da lista de deputados.
Mais uma voz discordante da linha imposta pela líder do partido, na Universidade de verão do PSD, em Castelo de Vide.
Esta apoiante e Vice Presidente da distrital de Lisboa do partido, na altura em que Marques Mendes teve o seu consulado, juntou a sua voz, aos que também não gostaram de ouvir Paulo Rangel defender que a credibilidade política não está na ética.

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JM
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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PERTO DO FIM, SEM FIM À VISTA

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FREEPORT, AINDA E SEMPRE
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Com um bocadinho de jeito, lá se irá conseguir que nada aconteça antes do caso prescrever.
Agora, andam todos atrasados na conclusão do processo, por via da procura da meia dúzia de tostões que parece que desapareceram.
O que se diz por aí, é que havia dinheiro, depois deixou de haver porque alguém ficou com ele. Alguém ou "alguéns", que nestas coisas nunca é um sozinho.
A investigação já dura há cinco anos e tem sete arguidos, dos oito indicados pela polícia inglesa. Provavelmente não convirá a muita gentinha que o desfecho ocorra antes das eleições, e assim andam por aí às voltas, num jogo de "descubra onde está". Quente, quente, mais quente, ... frio, frio, muito frio... e assim se vão entretendo, em jogos palacianos.
O que convinha mesmo é que abrissem mais um ou dois inquéritos, e talvez acabe mesmo por prescrever.
Os contactos entre a polícia Portuguesa e a polícia Britânica são frequentes, mas inconclusivos, parece.
O rasto do dinheiro já está frio, e quando assim acontece, não há nada a fazer. Procura-se até debaixo das pedras da calçada, para justificar o salário e esperar que tudo acabe em bem.

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JM
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ISTO DÁ-ME QUE PENSAR

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JOVEM RETIRADA AOS PAIS, POR... QUERER VELEJAR SOZINHA
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Até daqui a dois anos, Laura, se tudo correr bem, poderão dizer os pais, que vêm a sua família destruída pela justiça do seu país.
Há crueldade neste caso? Da parte de quem?
E se a menina decidir ir de qualquer maneira, sem apoio seja de quem for? De quem é a responsabilidade?
Estado demasiado proteccionista, ou Estado como deve ser?

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Desde os seis anos que a pequena veleja.
Tem quase quatorze. Uma vida inteira no mar.
Há três anos, com onze de idade, Laura já passara todo o verão a velejar sozinha.
Agora queria ser a pessoa mais jovem de sempre a dar uma volta solitária ao mundo.
Os pais, da menina holandesa, cientes das capacidades da sua filha, apoiam-na e pediram uma licença especial à escola, para que pudesse faltar durante dois anos.
As entidades holandesas, meteram-se no assunto e não só impedem a jovem de realizar o seu sonho, como retiraram a seus pais (provisoriamente, e por dois meses), a sua tutela.
O caso está em tribunal para que cesse a autoridade dos pais sobre a menor, conforme pedido do Conselho Holandês para a Protecção da Criança.
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Decididamente, isto dá-me que pensar.

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JM
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CHEGOU O PROGRAMA A4

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SUCINTO E OBJECTIVO
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A classificação não é minha, é da sra dra Manuela Ferreira Leite.
O programa não é remédio para os males do nosso País.
A palavra de ordem é suspender e reavaliar.
Não é possível fazer tudo ao mesmo tempo.
Os cinco eixos principais do programa são, a economia, a solidariedade, a saúde, a justiça e a segurança.
CAV e auto-estradas, suspensas e reavaliadas.
Novo aeroporto será feito aos soluços.

Avaliação dos professores será imediatamente suspenso.
Aumento do emprego e redução do número de deputados para 180.
Fomentar o investimento privado, nacional e estrangeiro, e eliminar os constrangimentos que se põem às empresas.
Afinal há programa, apesar do que se tem ouvido por aí.
O programa está apresentado, havendo agora trinta dias para que os votantes o estudem e reajam em conformidade.
Os outros partidos, como é evidente, vão achar mal, demagógico e populista. Em particular o ainda nosso Primeiro e "sus muchachus", que não descansarão enquanto não convencerem o mais incauto, dos perigos enormes para o País e para a democracia, que este programa encerra.
No entanto, felizmente, a última palavra é a do povo, no dia 27 de Setembro.

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JM
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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

CHAMEM A POLÍCIA!

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SERVIÇOS FECHADOS. ESTAMOS EM GREVE
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É assim por todo o País. A polícia Municipal está em greve. Segundo o sindicato dos polícias municipais, setenta por cento dos cívicos, pararam, nas 31 autarquias em que existem. Várias cidades têm os serviços da polícia Municipal fechados devido a esta greve.
E se nós estivermos necessitados deles? Que será feito de nós? A quem recorremos?


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JM
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HOJE, TUDO MUDA. CHEGOU O PROGRAMA A4

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AGORA É QUE SE VAI VER QUEM DIZ O QUÊ E COMO
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O PSD apresenta hoje o seu programa eleitoral.
Os outros partidos, em especial o que ainda tem as responsabilidades do governo do nosso País, deixam de poder bradar aos céus por não conhecerem o programa do partido da sra d Manuela. Vai passar a ser mais difícil argumentar com base no que supõem e não sabem. A folha A4 chega agora, e tudo vai mudar.
Temos a partir de hoje, um mês inteirinho para estudar as propostas deste partido e para as comparar-mos com as dos outros.
O programa A4, que muito prometeu, vai hoje mostrar o que vale.

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JM
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ANO DE CRISE 2


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E VÃO MAIS 50 MIHÕES, SÓ PARA OS MAIORES
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Pensando bem, é uma verdadeira vergonha.

Não há dinheiro, não há emprego, a economia está de rastos, as empresas falem todos os dias, e gasta-se dinheiro desta maneira.

Estamos em ano de eleições e os partidos que nos querem governar, seja a nível nacional, seja a nível regional ou autárquico, precisarão de fazer as suas campanhas, de modo a convencer-nos das suas razões, mas será preciso gastar tanto?

As pessoas que nos ficarão a governar, em todos os níveis, são tantas, mas tantas que mais parece que não sobra mais ninguém para ser governado. E vai ser preciso pagar a essa gente toda, durante quatro anos.

Dias atrás, escrevi aqui, nas páginas do “Janeiro”, sobre os gastos nas eleições Legislativas deste ano.

Já na altura, os valores anunciados pelos partidos, para os custos dessas eleições me deixaram arrepiado. Agora vimos a saber que nas eleições Autárquicas, os mesmos partidos se vão dar ao luxo de gastar, em conjunto, mais de sessenta e cinco milhões de euros. E isto sem contarmos com o que o estado gasta. É uma perfeita e completa enormidade. Diria até, uma obscenidade.

Será que esta gentinha não vê que estamos em anos de crise e que o dinheiro faz muita falta para fazer subir a economia, para criação de empresas e emprego, para matar a fome aos mais carenciados e por aí fora numa quantidade enorme de situações necessitadas de auxilio?

E nós queremos votar em gente assim? Que não nos liga nenhuma? Que só olha para o umbigo próprio? Que só se importa com o tacho que irão conseguir apanhar?

Será que saberemos escolher bem, e separar o trigo do joio, na hora de votar?

Saberemos ver quem se conteve nos gastos e quem não olhou a meios para obter os fins ansiados?

Falta pouco para saber.

Qualquer dia só haverá mandantes no meu País, e não tendo ninguém em quem mandar, vão viver em eterna campanha e pré-campanha e pós-campanha eleitoral, virados para dentro de si mesmos. Nessa altura, cada um se irá governando a si mesmo (embora agora já muitos o façam), e todos viveremos felizes e contentes.

Será que não estará na hora de se modificarem as regras, encolhendo prazos para campanhas e pré-campanhas, encolhendo gastos, encolhendo o número de pessoas a eleger, alterando as leis?


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(In O Primeiro de Janeiro, 27-08-2009)


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JM

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

SPORTING NÃO PASSA

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E AGORA BENTO?
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Apesar de tudo o que fez hoje, não conseguiu passar. Este empate não chegou. O primeiro tempo foi muito bom, mas depois..., só razoável. A Fiorentina segue em frente.
Lá se vão os mais de sete milhões de euros.

Bento está por um fio. Será que se aguenta?
Amanhã o FCPorto vai estar mais uma vez sozinho.
Sporting fica-se pela liga Europa.
É uma pena.

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JM
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COITADOS DOS ESPANHÓIS

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TANTA GENTE A VIVER MAL
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Imaginem que em Espanha, há mais de 60% de assalariados a viver com menos de mil e cem euros por mês (13.200 euros anuais/12 meses - 15.400/14 meses).
Coitadinhos, se calhar temos de os ajudar com alguma coisinha.
Os pobres têm um salário mínimo de 600 euros (7.200 euros anuais/12 meses - 8.750 euros/14 meses), uma vergonha nesta Europa a vinte e sete.
Espanha é um dos países com salários mais baixos.
Eu, se fosse a eles, revoltava-me. Não há direito.

Será que eles querem o ainda nosso Primeiro para os governar?
Por solidariedade para com eles, até nem me importava que ele fosse para lá. Assim como assim, seria mais um emigrante Português com sucesso no estrangeiro. E eles ficavam todos satisfeitos. Em pouco mais de cinco anos, o homem punha o País deles direitinho como um fuso.
Melhor, podemos exportá-lo? A preço de custo? Sem encargos aduaneiros ou outros? Até, sem IVA?
Podemos, por favor?

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JM
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TODOS À PROCURA DO RASTO DAS PATACAS

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FREEPORT, AINDA E SEMPRE
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Com um bocadinho de jeito, lá se irá conseguir que nada aconteça antes do caso prescrever.
Agora, andam todos atrasados na conclusão do processo, por via da procura da meia dúzia de tostões que parece que desapareceram.
O que se diz por aí, é que havia dinheiro, depois deixou de haver porque alguém ficou com ele. Alguém ou "alguéns", que nestas coisas nunca é um sozinho.
A investigação já dura há cinco anos e tem sete arguidos. Provavelmente não convirá a muita gentinha que o desfecho ocorra antes das eleições, e assim andam por aí às voltas, num jogo de "descubra onde está". Quente, quente, mais quente, ... frio, frio, muito frio... e assim se vão entretendo, em jogos palacianos.
O que convinha mesmo é que abrissem mais um ou dois inquéritos, e talvez acabe mesmo por prescrever.
Os contactos entre a polícia Portuguesa e a polícia Britânica são frequentes, mas inconclusivos, parece.
O rasto do dinheiro já está frio, e quando assim acontece, não há nada a fazer. Procura-se até debaixo das pedras da calçada, para justificar o salário e esperar que tudo acabe em bem.

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JM
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A SRA MINISTRA E A EDUCAÇÃO

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E O POVO CADA VEZ MAIS "INDUCADO"
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A sra Ministra da (des)Educação deve pensar que todos nós nos regemos pelo dicionário socrático.
Toda gente pode ver que os nossos jovens sabem cada vez menos. Basta olhar para os que acabam agora o ensino primário ou os que acabam o ensino secundário (e de uma maneira ou de outra, todos temos alguém na família ou nos amigos com jovens nessas condições), e compará-los com os que acabaram há dez ou vinte anos atrás, para vermos a enormes diferenças de sabedoria. Aqui só pode interessar o nível qualitativo, e não o quantitativo. São cada vez mais os que acabam os estudos intermédios, graças às cada vez menos reprovações (desculpem, retenções), mas cada um deles sabe cada vez menos. As políticas esquerdinas no que respeita à educação, onde a disciplina, a qualidade e o rigor, foram relegadas para plano secundário, demonstraram ser uma desgraça. Os jovens que entram na universidade (são em cada vez maior número), na sua grande maioria mal sabem escrever em Português, ou fazer contas sem recurso a uma máquina de calcular, e se formos olhar para a capacidade de interpretar um texto, são de uma incapacidade incrível. A maior desgraça é que serão eles os nosso futuros professores, médicos, engenheiros e governantes.
Desde há cerca de trinta anos que se reforma a reforma da reforma do ensino, sendo que de cada vez que se o faz, fica pior. Cada ministro entende saber mais que o anterior, e muda tudo o que tiver sido feito até então. Nenhuma reforma chegou ao fim sem ser reformada entretanto.
Não há na escola a credibilidade, o respeito e a segurança de outros tempos, e a violência entre alunos e para com os professores, subiu a valores inimagináveis.
E quer a sra Ministra fazer-nos crer que tudo isto se não deve a facilitismo.
Ora bolas, sra Ministra, assuma os seus erros e mais os que vêm de trás, e pare de nos deitar areia para os olhos. Eu sei que as eleições estão já aí ao virar da esquina, mas nem tudo é admissível em campanha ou pré-campanha eleitoral.
Estamos fartos de comer gato por lebre.

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(In, O Primeiro de Janeiro, 26-08-2009)

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JM
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terça-feira, 25 de agosto de 2009

CHEGA PARA LÁ

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ABALROADO
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O fotógrafo, coitado, no seu meritório trabalho, enquanto corria de uma (Carolina) para outro (Pinto da Costa), procurando fazer o melhor boneco, de preferência apanhando qualquer dos alvos em alguma posição menos ortodoxa ou mesmo a fazer uma careta, ficou entalado entre dois carros. Um, parado, e outro a andar.
A rua, estreitíssima, não deixava margem para muito mais.
O motorista do carro, na tentativa de fugir a um possível paparrazi, acelerava o enorme veículo, e nem terá dado pelo raspar no homem. As pancadas ouvidas e sentidas no carro foram entendidas como as normais nestes casos, com os populares e os repórteres a serem useiros e vezeiros a fazê-lo.
Este fotógrafo, que já antes, noutra altura, tinha tido um encontro semelhante com o mesmo carro, o mesmo motorista e o mesmo ocupante, cai e tem de ser socorrido no hospital, onde nada de grave lhe foi diagnosticado. De qualquer forma é sua intenção fazer queixa na polícia contra o estafermo do motorista e possivelmente contra o seu empregador.
Este por sua vez, já fez declarações na PSP, e o seu patrão aos factos disse nada.
José Carmo, assim se chama o pobre do repórter fotográfico, terá assim uma rocambolesca história para contar a filhos e netos.

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JM
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ANO DE CRISE 2

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E VÃO MAIS 50 MIHÕES, SÓ PARA OS MAIORES
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Pensando bem, é uma verdadeira vergonha.
Não há dinheiro, não há emprego, a economia está de rastos, as empresas falem todos os dias, e gasta-se dinheiro desta maneira.
Estamos em ano de eleições e os partidos que nos querem governar, seja a nível nacional, seja a nível regional ou autárquico, precisarão de fazer as suas campanhas, de modo a convencer-nos das suas razões, mas será preciso gastar tanto?.
As pessoas que nos ficarão a governar, em todos os níveis, são tantas, mas tantas que mais parece que não sobra mais ninguém para ser governado. E vai ser preciso pagar a essa gente toda, durante quatro anos.
Dias atrás, escrevi aqui, sobre os gastos nas eleições Legislativas deste ano.
Já na altura, os valores anunciados pelos partidos, para os custos dessas eleições me deixaram arrepiado. Agora vimos a saber que nas eleições Autárquicas, os mesmos partidos se vão dar ao luxo de gastar, em conjunto, mais de sessenta e cinco milhões de euros. É uma perfeita e completa enormidade. Diria até, uma obscenidade.
Será que esta gentinha não vê que estamos em anos de crise e que o dinheiro faz muita falta para fazer subir a economia, para criação de empresas e emprego, para matar a fome aos mais carenciados e por aí fora numa quantidade enorme de situações necessitadas de auxilio?
E nós queremos votar em gente assim? Que não nos liga nenhuma? Que só olha para o umbigo próprio? Que só se importa com o tacho que irão conseguir apanhar?
Será que saberemos escolher bem, e separar o trigo do joio, na hora de votar? Saberemos ver quem se conteve nos gastos e quem não olhou a meios para obter os fins ansiados?
Falta pouco para saber.
Qualquer dia só haverá mandantes no meu País, e não tendo ninguém em quem mandar, vão viver em eterna campanha e pré-campanha e pós-campanha eleitoral, virados para dentro de si mesmos. Nessa altura, cada um se irá governando a si mesmo, e todos viveremos felizes e contentes.
Será que não estará na hora de se modificarem as regras, encolhendo prazos, encolhendo o número de pessoas a eleger, alterando as leis?




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JM
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MASTROS, BANDEIRAS, VARANDAS

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BANDEIRAS DA MONARQUIA
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A irreverência de alguns monárquicos, levou-os a içar bandeiras da Monarquia por esse País a fora. Começou na Câmara de Lisboa e agora continua na cidadela de Cascais.
O nosso País está, há quase duas centenas de anos, orfão de valores e de quem nos saiba orientar, não tendo os últimos momentos da Monarquia, do mesmo moda que toda a República (mesmo no tempo de Salazar que se julgava nosso paizinho), respondido aos nossos anseios.
Os valores de novecentos anos de história foram esquecidos e apagados há noventa e nove anos, na implantação da República. Outros valores se foram entretanto instalando, e nos últimos trinta e tal anos, todos todos têm vindo a ser destruídos.
Não sou monárquico, mas também não sou republicano. Neste tipo de assuntos, não sou carne nem peixe, antes um ciclóstomo assumido.
Sou pelo melhor para o meu País, e isto que nós agora temos não o é certamente.
Será melhor a Monarquia? Não sei. Só sei que a Monarquia deve meter muito medo às pessoas que agora mandam em nós, já que ela é proibida. Assim como a outra coisa que comia criancinhas ao pequeno almoço no tempo da outra senhora. E a Monarquia é proibida já há muito tempo. Como será possível que ainda meta medo? Podem explicar-me, devagarinho, escolhendo as palavras com muito cuidado, como se eu fosse uma criança curiosa e desejosa de tudo saber? Os países que têm sido dos mais desenvolvidos da Europa não têm regimes de Monarquia (representativa)? Medo do quê?

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(In, O Primeiro de Janeiro, 25-08-2009)

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JM
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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ANO DE CRISE

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QUANDO NÃO HÁ DINHEIRO, É ASSIM
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Estamos em ano de eleições.
Em anos como este, os partidos, gastam o dinheiro que têm, e também o que não têm, assim como o que lhes dão (só o estado dá 3,5 euros por cada voto desde que tenham mais de 50 000), para fazer uma campanha digna, honesta e verdadeira.
Estamos em ano de crise. Em anos como este, os partidos, como as pessoas e os governos, gastam o dinheiro que têm, com cautela e com parcimónia, não gastando mais do que podem, nem se endividando ou endividando os outros.
Este ano, verificamos que os nossos partidos precisam de uma campanha de verdade, porque os eleitores querem, mais do que de outras vezes, ouvir da boca de cada um, a realidade do que se enfrenta e a real maneira de a combater.
Os nossos principais partidos, sabem disso tudo e tudo farão para contentar os Portugueses. Assim, os que podem ( os que estão perto da esfera do poder) contratam serviços de agências de comunicação, e oferecem emprego, comida, mordomias e o mais que se lembrem de modo a obter o votito daquele incauto. Os que não podem, coitados, mal se conseguem ouvir a eles mesmos, tal a berraria dos primeiros.
A primeira campanha, são duas, é para as legislativas. Para essa, sabe-se já que os dois maiores partidos vão gastar entre si, dados oficiais e sem contar com as normais derrapagens, nove milhões de euros, sendo que para o partido do governo serão cinco
milhões e meio e para o maior partido da oposição cerca de três milhões e meio. Como se vê, coisa pouca.
Com a excepção da CDU que se propõe gastar cerca de dois milhões, os outros dois partidos parlamentares esperam não ultrapassar o milhão de euros.

Os outros, coitados, muito longe de qualquer esfera de qualquer poder, têm orçamentos ridiculamente baixos, face a estes números, e por isso não podem contratar seja quem for para lhes ensinar o caminho do voto, contando só com a prata da casa.
Estamos a falar de treze milhões de euros, gastos pelos partidos políticos em propaganda na campanha para as eleições Legislativas. Sem contar com o que o País gasta, ou deixa de ganhar, pela paragem no trabalho de tanta e tanta gente, e pela subvenção que é dada aos partidos por cada voto obtido. O próprio acto eleitoral, custa aos nossos cofres muitos milhões de euros.
E ainda não nos foram ditos valores para as eleições autárquicas.
E tudo isto em ano de crise.
O que seria que se gastaria num ano normal.

O que seria se houvesse dinheiro para gastar.

Poderemos pensar o que faria o País com todo este dinheiro, se fosse canalizado, em boa parte, para o desenvolvimento, ou até, só para acabar com a fome ou o desemprego?
Será que precisamos mesmo de gastar tanto dinheiro para que o País acabe por ficar na mesma, embora em alguns casos com moscas diferentes?
Quem mais tem para gastar, e o partido do governo tem mais dois milhões que o PSD, acredita que faz a melhor propaganda. Embora a melhor propaganda nem sempre seja a mais cara.
E toda a gente sabe que o melhor propagandista, tem a melhor banha da cobra, e acaba por vender mais.

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(In O Primeiro de Janeiro, 24-08-2009)

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JM
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E VÃO DOZE

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VETO À LEI DAS UNIÕES DE FACTO
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O sr Presidente da República vetou mais uma vez. Se não estou enganado é a décima segunda vez que o faz.
O veto doze, como dizem as pessoas que deveriam ser letradas e nos entram pela casa dentro via rádio ou televisão.
O nosso Presidente, terá agido bem, ao reenviar para a próxima Assembleia, a discussão mais aprofundada desta lei.
Segundo ele, não terá sido suficientemente discutida, e necessitará de mais uns "toques", para que fique bem. Assim, a união de facto, não passa de uma espécie de casamento
Será que esta lei foi feita à pressa, para ajudar alguém muito necessitado? Andará por aí alguém que se tenha "ajuntado" e necessite que a sua união seja comparável ao casamento?
Desta forma, como a próxima Assembleia não deverá ter a maioria absoluta de qualquer um dos partidos, vai evitar-se a discussão do tipo, quem vota a favor, quem vota contra, aprovado pela maioria de deputados do partido socialista.
Qual das ideias, a de ser comparável ao casamento (que é a agora apresentada), ou a de ser uma opção de liberdade de escolha de quem entende não dever casar-se, irá vingar, quando voltar a ser discutida?
Vamos certamente ter discussão séria e a sério, deste e de todos os outros projectos de lei que forem apresentados.
Muito bem, senhor Presidente.

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JM
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domingo, 23 de agosto de 2009

OS EMPATAS

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SÓ BRAGA SABE GANHAR
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Isto é uma vergonha.
Onze jogos, nove empates, vinte e três golos marcados. Seis clubes ainda não marcaram qualquer golo.
Nunca se viu início de campeonato tão fraco.
Estou desolado.
Ainda estão todos a regressar de férias, e os avançados, os homens a quem compete marcar golos, ainda não voltaram.
Olhanense e U Leiria, mais um 1 a 1.
Académica e Paços Ferreira, ainda outro 1 a 1.
Sporting e Braga, mais outra victória 1 a 2.
E se fossem plantar batatinhas?


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JM
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sábado, 22 de agosto de 2009

ANO TERRÍVEL

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MORREU MORAIS E CASTRO
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Morais
e Castro, advogado, ex dirigente do Partido Comunista, actor e encenador, mais conhecido do público em geral pela sua passagem em "as lições do menino tonecas", morreu hoje.
Perdeu a luta contra a doença.

Faria dentro de dias, 30 de Setembro, setenta anos.
Aos poucos, os "monstros sagrados" da nossa cultura, vão desaparecendo.
Este ano de 2009, está a ser uma ano terrível.

Fica a nossa memória e o seu legado.

Paz à sua alma.


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JM
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ARRANCOU A "RENTRÉE" POLÍTICA

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CDS É O PRIMEIRO
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Lampião que vai à frente, ilumina duas vezes, diz o povo, muitas vezes com razão.
Assim poderá pensar o CDS/PP, que agora arranca a sua campanha para as Legislativas e as Autárquicas, com um comício em Aveiro.
Sobre a "rentrée" já falei antes, há uns dias, aqui.
Na Praça do Peixe, quando fizer o seu discurso, Portas vai privilegiar as questões económicas e a segurança. Serão as suas bandeiras nas campanhas que se avizinham. O ataque cerrado ao ainda nosso Primeiro, será mais um dos tópicos que estará sempre presente nos seus discursos.
Este arranque temporão, pode dar-lhe os frutos que necessita para ter um resultado similar ao que teve nas eleições Europeias, e assim a possibilidade de ser de novo um partido de poder, em coligação com o PPD/PSD.
Durante os últimos quatro anos e meio, foi o partido mais interventivo do centro-direita, no combate ao partido do governo, mais parecendo, Paulo Portas, o líder da oposição. Estará na hora de lhe darem os votos que realmente merece.

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JM
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O PALAVROSO TRAULITEIRO

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DICIONÁRIO SOCRETINO
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Andava calado há muito tempo, e agora veio com o calor e com os incêndios. Regressou das trevas. Um azar nunca vem só.
Santos Silva, o palavroso trauliteiro e Ministro dos Assuntos Parlamentares, é o dirigente do partido socialista que mais fielmente segue o dicionário socretino.
Este dirigente, recorre a esse dicionário sempre que quer denegrir os seus opositores. Desta vez, e de novo, calhou a sorte à dirigente social-democrata. Segundo ele, a sra não apresenta ideias nem propostas para a resolução dos problemas do nosso País.
De facto, a sra d Manuela, não vem vender pelo preço mais barato e melhor resultado, a banha da cobra que outros se atarefam a dizer que têm uma ainda melhor. A sra não diz ter para venda, arroz de quinze ou bacalhau a pataco como fazem alguns dos seus adversários. MFL, não promete o que sabe que nunca poderá cumprir, como fez e volta a fazer o líder deste palavroso trauliteiro. Para fazer o que não faz, a sra d Manuela, teria de comprar o dicionário socretino e guiar-se por ele.
Santos Silva, que mais parece o cão de guarda do PS, nunca soube escolher as palavras para emitir as suas opiniões, e perde, fazendo perder o partido que tanto quer proteger, com essas trauliteiradas.

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JM
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

COISAS DO NOSSO DIA-A-DIA


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ESTOU MUITO CURIOSO

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COM A "RENTRÉE" POLÍTICA DESTE ANO
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"À cause" das próximas eleições, a “rentrée” deste ano vai ser de "escacha pessegueiro".

Os partidos políticos vão-se desdobrar em reuniões, apresentações, festas, comícios, conversas em família, convenções, debates e outras coisas, mais ou menos simples, de modo a apresentarem os seus programas eleitorais e os seus candidatos, denegrindo, ou pelo menos tentando, os seus adversários.

E tudo isto vem este ano, mais cedo. Vêm todos de uma assentada na última semana de Agosto, ainda em tempo de férias dos Portugueses.

Estes, na sua grande maioria estendidos como bacalhaus nas areias das nossas praias, vão ser aliciados a prestar atenção ao bando de políticos, ao invés da desejada atenção à moçoila bem aviada que está a sair das águas do mar mesmo à sua frente, ou ao marmanjo musculado que exibe o seu corpo bem tratado e tostado do sol.

A "rentrée" vai ter de tudo, como todos os anos, mas vai ser mais concentrada e ainda mais colorida do que é costume. Os líderes partidários vão andar numa fona a tentar captar os votos de quem lhes aparecer pela frente. Este ano, com uma dificuldade acrescida, os beijinhos e os abraços, vão ter de dar lugar a outras manifestações de afecto, por causa da gripe que nos tem afligido. Ainda vamos ver muitos dos nossos políticos acompanhados pelo seu séquito, e dois ou três carrejões com os "Kits" de higiene anti H1N1, como mandam as boas normas de salubridade pública.

Cada um dos elementos dos partidos que por aí vão andar, vão estar munidos de facas, preferêncialmente rombudas, para ferir, atacar, ou destruir o adversário mais à mão. Vão ainda estar munidos de muitas palavras, muitas, que debitarão em diarreia mental, de modo a convencer o ouvinte, perceba ele ou não o que se lhe está a dizer, e perceba ou não o político do que está a falar.

A nosso sanidade mental está mais uma vez em perigo, com a agravante de este ano termos mesmo de pensar em quem votar. É que este ano é ainda mais dificil. Só se sabe que no actual partido do governo o não deveremos fazer. Mas, quem sobra? À esquerda o BCP e o BE? O primeiro é igual a sempre e o segundo só sabe deitar abaixo sem ideias ou soluções. À direita o PSD e o CDS? O primeiro é igual a sempre e o segundo, bem o segundo, o segundo, podia ser, mas a sua votação prevê-se tão baixa que não faz diferença. Não resta mais nenhum, nem sequer um quadradinho no boletim de voto no qual eu possa dizer que voto em branco. Tenho de "pôr" a cruzinha no nome de um partido ou então deixar o boletim em branco ou inutilizá-lo, o que é tudo o mesmo que se eu me abstivesse de aparecer. E eu cada vez me inclino mais para não aceitar nenhum. E como não quero deixar de ir cumprir com a minha obrigação de cidadão, lá terá o meu voto aquele que menos mossa me fizer. Ou alguém que me convença nos poucos dias que faltam.

No que diz respeito às Autárquicas, vai ainda ser mais difícil, quando se sabe que dois terços dos candidatos o serão pela última vez. Daqui a poucos anos vão embora, quer queiram quer não. Qualquer coisa que prometam agora, não poderá nunca ter continuidade, pelo que só projectos de curto prazo poderão ser execuíveis.

De qualquer forma, aos indecisos, a "rentrée" vai ser muito confusa, com todos a quererem sobrepor-se a todos, com todos a serem melhores que todos os outros. Vai ser do bom e do bonito. Espero, no entanto, que o nível não desça ainda mais que o habitual, que eu não me quero habituar a esses hábitos.

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(In O Primeiro de Janeiro, 20-08-2009)

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JM

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